Pediatra recomenda discussões pedagógicas em conjunto com os responsáveis
São Paulo, SP (Junho de 2021) – A volta às aulas presenciais tem sido uma questão polêmica desde o ano passado. Embora as escolas tenham voltado a receber os alunos presencialmente, os pais ainda possuem dúvidas sobre o retorno e os cuidados que devem ser tomados. A pediatra do Hospital Carlos Chagas, Dra. Regiane Montans, alerta que os riscos de contaminação existem e que são necessárias muitas mudanças e adaptações para que a retomada das atividades escolares seja segura.
Regiane diz que muitos pais relatam que os filhos estão estressados com o isolamento social e que a volta às aulas é uma forma deles reverem os amigos, e desenvolverem atividades e brincadeiras, o que contribui para reduzir os impactos na saúde mental infantil. Por outro lado, diz que há pais que preferem manter o distanciamento já que resistiram por tanto tempo. “Acredito que não há certo ou errado. O importante nesse momento é tomar a decisão que é mais segura e confortável para a família, mas reforço que manter os cuidados básicos é fundamental em qualquer uma das escolhas”.
A especialista indica que antes de levar as crianças para a escola, discussões pedagógicas devem ser realizadas em conjunto com os responsáveis. E a reestruturação escolar deverá ser fiscalizada de perto, visando garantir as medidas de segurança adotadas. Ela alerta sobre a necessidade de ter medidas diferentes para cada faixa etária escolar. Por exemplo, pré-escolares não compreendem a necessidade de distanciamento e têm comportamentos/hábitos de difícil controle. Para crianças acima de 5 anos, o diálogo pode ser a solução. “É preciso conscientizá-los sobre as boas práticas e a importância de manter os cuidados, como lavar as mãos com frequência, preservar o distanciamento e usar/manusear a máscara de maneira adequada. Essas medidas são fundamentais não só para que a criança não seja infectada, como também para que ela não contamine o amigo. É uma via de mão dupla. Numa pandemia, temos que entender que o nosso comportamento deve ser pensado em conjunto”, destaca a especialista.
